Se você é pequeno empresário, deixa eu ser direto: contratar uma agência não é sobre “fazer marketing”.
É sobre resolver um problema de negócio.
E é aqui que a maioria erra.
Já vi empresas quebrarem dinheiro com agência boa, e outras crescerem com times pequenos e método claro. A diferença quase nunca está na agência em si — está no critério de escolha e na expectativa criada.
Vou te explicar como pensar isso do jeito certo, com exemplos reais do que já vivi na prática.
1. Antes de contratar uma agência, responda isso com honestidade
A pergunta não é “qual agência contratar?”.
A pergunta é:
Qual problema do meu negócio eu preciso resolver agora?
Alguns exemplos reais:
- Falta de vendas recorrentes
- Dependência excessiva de indicação
- Instagram bonito, mas que não vende
- Vendas no físico, mas zero previsibilidade
- Tráfego rodando e caixa não cresce
Se isso não estiver claro, qualquer agência vira aposta.
Agência boa não cria demanda do zero sem base.
Ela organiza, potencializa e acelera o que já existe.
2. O maior erro das pequenas empresas ao contratar agência
O erro mais comum é esperar milagre.
Milagre acontece quando:
- Não tem produto validado
- Não tem caixa mínimo
- Não tem preço bem definido
- Não tem atendimento organizado
- Não tem decisão rápida
Marketing não conserta negócio desorganizado.
Marketing expõe a desorganização mais rápido.
Quando o empresário entende isso, a conversa muda de nível.
3. O que uma boa agência deveria fazer por você (e o que não é papel dela)
É papel da agência:
- Trazer visão externa e estratégica
- Ajudar a priorizar o que dá resultado primeiro
- Organizar canais, funil e métricas
- Evitar atalhos caros e decisões emocionais
- Executar com método e consistência
Não é papel da agência:
- Resolver problema de produto ruim
- Trabalhar sem orçamento mínimo
- Substituir o dono nas decisões
- “Testar tudo” sem critério
- Prometer resultado sem base
Agência boa diz não quando precisa.
4. Dois cases reais que explicam isso melhor que teoria
Case 1 – Strong Nutrition
Quando começamos, a Strong tinha apenas um perfil no Instagram.
Sem loja virtual. Sem loja física. Sem estrutura de venda previsível.
O trabalho não começou com anúncio.
Começou com base.
- Criação da loja virtual
- Estruturação do posicionamento
- Evolução do conteúdo dos perfis dos fundadores (autoridade real)
- Integração entre marca, produto e pessoas
Com o tempo:
- Veio o e-commerce
- Veio a loja física
- Veio crescimento de marca, não só de faturamento
Resultado não veio de “hack”.
Veio de processo + clareza + constância.
Case 2 – Sequilhato
Indústria tradicional. Forte no que sempre fez.
Mas totalmente focada apenas em atender pedido do varejo.
O digital não era canal de venda. Era coadjuvante.
O trabalho foi mudar o jogo:
- Estruturação do e-commerce
- Instagram que gera venda
- Construção de canal D2C (direto ao consumidor)
- Organização de lógica B2B digital, sem conflito com varejo
Hoje:
- Vende no digital
- Gera demanda própria
- Usa o marketing como ativo, não como custo
Aqui, agência não “fez post”.
Agência reorganizou o modelo de crescimento.
5. Como escolher uma agência sem cair em armadilha
Use esse checklist simples:
- A agência entende do seu negócio, não só da ferramenta?
- Ela faz mais perguntas do que promessas?
- Ela fala de processo, não só de campanha?
- Ela explica o que NÃO vai fazer?
- Ela te ajuda a decidir, não só a executar?
Se a conversa começa com:
“Quanto você quer investir pra ver quanto volta?”
Cuidado.
A conversa certa começa com:
“Qual problema vamos resolver primeiro?”
Conclusão
Agência certa não é a mais barata.
Nem a mais famosa.
Nem a que promete mais.
É a que:
- Entende seu momento
- Trabalha com método
- Sustenta decisões difíceis
- Cresce junto com o negócio
No fim do dia, marketing não é sobre aparecer mais.
É sobre construir um negócio que se sustenta.
Se esse conteúdo fez sentido para você, talvez o problema não seja “falta de marketing”, mas falta de clareza sobre o que contratar e por quê.





